Esta semana estava a pensar sobre Bullying, o mal da moda. Ao qual eu e milhões sobrevivemos, sem nomear com anglicismos os apelidos, chacotas e tirações de sarro na escola... É certo que hoje há as agressões físicas e outros males maiores, mas em meu tempo de colégio, até onde sei, eram apenas gozações e alcunhas não tão apreciadas por quem era designado por elas.
Em casa, com os irmãos, eram comuns os apelidos, que nas brigas ganhavam a rua, uma vez proferidos em alto brado retumbante e ouvidos pelos filhos dos vizinhos. Em casa mesmo, nas rusgas, eu era chamado de baleia, que dispensa explicações endócrinas. Já meu irmão, o “apelido carinhoso” era “penico”, que teve diversas variantes por anos a fio: “penico azul”, “penico do Bonfá”, em referência a um senhor já idoso, dono do cartório no bairro, e antes que me perguntem, não faço idéia de porque o escolhemos por dono do “penico”. Isto era nos idos dos anos 1970, quando as pessoas realmente ainda usavam penico. E também teve a clássica: “E ai penico, já virou sifão”?
Na EEPSG Afonso Schmidt, entre a sexta série e primeiro colegial, as vitimas eram em geral de outras classes. Zuleide, uma garota loura e muitíssimo branca, era a que tinha mais espinhas em todo o colégio, daí a “cara de sol” ou sua variante “cara de fogo” foi um pulo. Tinha a Sueli 200 gramas, que no ano seguinte, após as férias, conseguiu engordar e virou Sueli 201 gramas. Mauro, este sim, de nossa classe, era um garoto que sempre parecia meio sujinho, portanto, porquinho lhe coube bem a ponto de todo o colégio chamá-lo assim, e ele atendia de boa. As irmãs Etevalda e Etelvina logo viraram horrível Valda e horrível Vilda. Bartira, professora de geografia era Madame Min, em referência ao cabelo cortado com serrote ao estilo da bruxa de Disney. Tinha a “cara de ovo” que depois descobrimos serem “as cara de ovo” pois eram duas, gêmeas idênticas...
Saímos do ginásio sem grandes traumas, a faculdade... Bem, esta é mais recente e algumas pessoas da época lêem o blog. É melhor esperar mais tempo para falar sobre ela, que sim, deixou traumas e inimizades entre vários.
Mas, por falar nisso, qual era mesmo seu apelido de infância?
Mas, por falar nisso, qual era mesmo seu apelido de infância?