sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Até breve



Bem, pediram-me para discursar na festa de despedida que tão gentilmente me prepararam, com tanto carinho que até convidaram a ela, meu companheiro. Como disse ali, constrangido por falar em público, ainda que cercado de pessoas queridas, não sou bom com palavras verbalizadas oralmente, ainda mais quando de improviso. Não que seja melhor com elas escritas, mas me saem muito mais fácil. Diante disto…

            Quero agradecer a todos os envolvidos, direta ou indiretamente nesse gesto de carinho e respeito, “quase” surpresa. E ainda agradecer a convivência, a atenção e respeito dos colegas (servidores e bolsistas) que ali não puderam estar, por diferença de horário de trabalho, - coisa que volta e meia gera descontentamentos e bochichos, mas que não é senão contingência de um trabalho feito em turnos -, e/ou tantos outros motivos.

            Dois anos passam rápido, tanto que já estou no Espírito Santo há três… Mas todo afastamento traz em si o ensejo de despedidas e emoções que advém de tal condição. Assim, não é apenas pela alegre despedida que me prepararam, mas pela convivência salpicada aqui e ali de momentos de carinho. Acredito que cada um procura dar o melhor de si em tudo que faça, sim é claro existem exceções flagrantes, mas no geral é o que fazemos, e muitas vezes o melhor de um  não o parece para o outro, e geram-se interstícios de desencantos. Assim, aproveito para pedir desculpas a todos pelos momentos em que o cansaço, correria, pressa e pressão tenham feito com que agisse de forma desagradável ou ríspida.

            Aproveito ainda para agradecer a confiança, camaradagem e respeito da direção que me permitiu levar à biblioteca tantas exposições e atividades culturais em tão pouco tempo, o que me possibilitou o mestrado que ora inicio, e também pelo período que estive à frente da Divisão de Assistência ao Usuário, coisa que não queria, mas que foi necessária. E aí a cooperação de todos vocês foi mais que nunca imprescindível por tornar mais leve o fardo do “administrativo”.

            Agradeço a todos a participação nas palestras, saraus, encontros literários, que permitem tornar a biblioteca viva, atuante e não apenas um depósito de livros, fazendo assim com que se gere cultura e conhecimento, e não apenas guarde os suportes que levam a isso.

            Agradeço sorrisos, palavras de incentivo, olhares cúmplices, happy hours, arrastar de mobiliário, as festas a que fui convidado, as caminhadas em períodos de greve, os tantos cafés (e muitos sabem o quanto um café é necessário na vida de alguém. Rsrsrs)

            Agradeço aos bolsistas que facilitam tanto nosso trabalho e por vezes assumem tarefas de linha de frente. E que quando eu voltar, a maioria já estará formada, e, desejo, terão se tornado profissionais de sucesso em suas áreas.

            Poderia continuar a discorrer e a agradecer a tanta coisa vivida com vocês, mas antes de que essa se torne uma carta testamento e ainda mais enfadonha, termino por aqui. Sintam-se queridos e abraçados, cada um vocês. Mais uma vez… Obrigado por tudo. E até breve.